quinta-feira, novembro 29, 2007

As Titubeações de Óscar #2

"Pois é, esta sexta-feira é feriado da
greve pública!"

quarta-feira, novembro 28, 2007

One of my little guilty pleasures

Havia uma rúbrica numa rádio portuguesa (não me lembro se na Comercial, se na 3) chamada Guilty Pleasures, onde uma destacada figura pública assumia, não sem algum embraçado, gostar desta ou daquela música foleira. Imaginem, por exemplo, a Teresa Salgueiro dos Madredeus saber de cor as músicas dos New Kids On The Block. Estão a ver o filme? Ora, há uns dias atrás, Nuno Markl lembrou-se de perguntar aos leitores do seu blog quais são os seus Guilty Pleasures musicais e não me contive. Toda a gente tem segredos embaraçosos e a partir de agora o caro leitor fica a saber que tenho menos um: Há uns tempos... (cof cof) pronto, cá vai. Há uns tempos fiz uma compilação de música sortidíssima para ter no carro. E enfim, (cof cof), no meio de Pixies, Dave Matthews Band, Korn, Massive Attack, Beck e Marilyn "Anticristo" Manson está lá isto:




Nada mais, nada menos que "Heaven Is A Place On Earth" de Belinda Carlisle. Mas atenção, não foi nenhum engano do Nero, nem obra e graça do Espírito Santo, nem tampouco um acaso cósmico. A música está lá porque eu a quero lá. Simples. Claro que assim que a faixa começa a rodar, o meu carro subita e automaticamente sobe os vidros e surge no LCD da consola a seguinte mensagem: "Tudo bem, sou um Citroën C3 mas isto é esticar a corda, ó mariconço!".

Nada a acrescentar...


(clicar para aumentar)

Para conhecer melhor o fabuloso trabalho de Stephen Pastis e as aventuras de Rato, Cabra, Porco, Zebra, Leão, Crocodilos e companhia clique aqui.

terça-feira, novembro 27, 2007

As Titubeações de Óscar #1

"Sim, é muito fácil chegar lá. Basta sair na estação Música, Casa do Metro"

sexta-feira, novembro 23, 2007

Corroborando Groucho

A avaliar pelo curriculo, David Caruso é um excelente actor. Palmarés invejável, sem dúvida. Dezenas de participações em filmes e centenas em séries de televisão. Então o que faz ele na pele do execrável Horatio Caine, na série não menos execrável C.S.I. Miami? Põe os óculos, tira os óculos, olha para o infinito, fita o chão como se estivesse prestes a ter uma qualquer revelação sherlockiana ou housiana e sai-se com coisas tão profundas quanto isto "Temos cadáver e arma. Só falta o assassino" e subitamente sai de plano e, para nos dar tempo para rir, entra o genérico da série. Quando a coisa mete crianças ou mulheres traídas ao barulho então é que a porca torce o seu nojento rabo: o caso torna-se uma cruzada pessoal do ruivíssimo tenente que se desunha para apanhar o bandido, apesar de bastar um primeiro contacto para o brilhante criminalista saber quem é culpado ou inocente. Não sorri e muito menos ri. Partimos do príncipio que é extremamente inteligente mas no entanto as conclusões chegam-lhe sempre através de uma coisa divina e sobrenatural também conhecida como Guião e isso nota-se de sobremaneira. Pouco convincente, péssima personagem, digo eu.
Logicamente a culpa não é dele. Dele, David Caruso, claro. A culpa da mediocridade da personagem é, sem qualquer sombrinha de dúvida, dos guionistas, porque Caruso tem toda a minha solidariedade e compaixão. Quem consegue fazer uma personagem assim só pode ser um excelente actor... Ou os produtores pagam bem... Ou o gajo anda desesperado. Bem, seja como fôr, prefiro pensar que é a primeira hipótese. O dinheiro custa a ganhar, não é Dave?

Conclusão: A série é má. Os outros C.S.I.s até se papam, mas o Miami é mau. Péssimo. Aliás, quando ligo a televisão e vejo o empedernido tenente lembro-me instantaneamente do que Groucho Marx disse algures durante a sua vida: "Acho a televisão muito educativa. Toda as vezes que alguém liga o aparelho, vou para outra sala e leio um livro."

* * *

Adenda: Já li e reli este texto dezenas de vezes. Continuo a achar, como quando o estava a escrever, que não tem propósito nenhum. Não traz novidade nenhuma a quem o ler, nem a mim que o escrevi. Não tem sentido nem razão. E que bem que sabe fazer algo só pelo prazer fazer. Sem compromissos. Sem propósito. Sem sentido nem razão.

quinta-feira, novembro 22, 2007

Mas que raio significa isto?



Nem sei o que diga. Se classificasse esta campanha como homofóbica não era descabido, no entanto não tenho a certeza que seja realmente, cem-por-cento discriminatória... Acho que é apenas estúpida, inútil e triste. Faz-me ter ainda mais saudades dos outdooors estivais da Sagres e da Super Bock. Qual Tagus, qual quê?! Bebam cerveja de homem, sejam hetero, gays, lésbicas, trans ou... O que quer que sejam. Cerveja é cerveja, para hetero ou gays... A diferença está no modo de beber pelo gargalo. (eu sei, podia ter passado em branco o espaço dedicado a esta piada brejeira a transbordar boçalidade, mas não resisti. Há muito tempo que não me "logava" no Blogger e agora estou com uma espécie de incontinência verbal. Por falar nisso, gostava de deixar aqui o meu apreço pelo bom humor com que Chávez, Chávez o ditador, Chávez o déspota, Chávez o censurador, Chávez a besta antiamericana, falou aos jornalistas portugueses, preocupado com os efeitos da hora tardia nos repórteres, que tinha que dormir no caminho para Cuba porque já não dormia há quatro dias e Fidel fala pelos cotovelos... Isto tudo depois de horas e horas de viagens e horas e horas de reuniões com altos dignatários por essa Europa fora. Eu não seria tão simpático com toda a certeza. Já agora, aproveito para deixar aqui a nota de que este é talvez um dos maiores, se não o maior, parentesis de sempre na história da blogosfera portuguesa. 'Tá dito.)
*Adenda: Parabéns à Selecção Portuguesa de Futebol (isto dito, claro, com sotaque brasileiro). Eu não punha o Pepe, mas o importante é que já estamos no Euro 2008 e o resto é conversa. Foi um apuramento complicado, sim, mas o que dirão então os ingleses, os poderosos ingleses, que ficaram pelo caminho? Look at the bright side, good people of England: in 2008 our goalkeeper with the funny voice won't humiliate you again (traduzindo uma ideia original de Brother Lúcia).
Parabéns também ao Tribunal do Raioqueoparta por ter dado a custódia total da Esmeralda ao pai que ela nem conhece. Isto, claro, enquanto todos os médicos que acompanharam o caso, e outros, dizem que é um erro colossal fazê-lo. Prepotência? Não só. Autoritarismo desmesurado? Não só. Despotismo ignorante? Não só. Também é muita estupidez acumulada. Muita mesmo.

segunda-feira, novembro 05, 2007

Hide & Seek


Fotografia: L. Romudas

* * *

Na semana passada um fotógrafo amador foi identificado e levado para uma qualquer lúgubre esquadra policial (tenho para mim que todas as esquadras portuguesas são lúgubres) porque andava a tirar fotografias aos carrocéis e às luzes de uma feira popular. Ora, numa feira popular há outra coisa em abundância: crianças. E pais de crianças. E sobretudo pais parvos de crianças. Posto isto, algum pai parvo liga para os senhores agentes da bófia dando conta que andava um tarado à solta a fotografar lascivamente inocentes petizes. A bófia, claro, acreditou, e o resto da história já se sabe. Lamentável situação, sem dúvida. E lamentável mentalidade portuguesinha que simplifica e generaliza tudo. O pedófilos tiram fotografias a crianças. Os fotógrafos tiram fotografias a tudo, até a crianças. Logo, todos os fotógrafos são pedófilos. É isto, meus senhores. Esta histeria generalizada à volta da pedofilia, da Casa Pia e das Maddies ainda vai trazer problemas mais graves do que se pensa. Ai vai vai.

quinta-feira, novembro 01, 2007

Como passar o tempo no profundo Alentejo #2

Fotografia: L. Romudas

Nove pessoas dentro de um Smart. Cabia lá mais um, claro, mas depois ninguém tirava a fotografia.