domingo, abril 20, 2008

Cinema: I Am Legend


Já tinha lido muitas críticas a este filme e considerei-as, e ainda as considero, todas válidas. É practicamente um remake hollywoodesco do 28 Dias Depois. Não acrescenta nada de novo: encontramos Will Smith a viver numa Nova Iorque tão deserta que o homem passa os dias a caçar veados na 5ª Avenida a bordo de um Mustang GT500, com a preciosa ajuda da sua cadela Samantha. Tudo porque alguém tentou curar o cancro e criou um vírus, que através de algumas mutações, infectou a população humana tornando-os numa espécie de cães de caça raivosos e sensíveis a raios ultravioletas. Não vou contar o resto da história para não estragar a coisa a quem não viu. Mas estamos aqui é para criticar, portanto vamos a isso: os monólogos de Smith com os manequins que ele próprio planta no videoclube são deliciosamente tristes - mostram um homem extremamente carente de contacto humano, muito, muito perto da loucura - e são bastante verosímeis. Os humanos infectados, apesar de serem demasiado computorizados também parecem verosímeis, se considerarem Gollum verosímil. O que não é verosímil de certezinha absoluta é haver alguém que, ao conhecer o som de Damien Marley, nunca tenha ouvido falar do pai Bob. Só por isso, e pelos fracos efeitos dos humanos infectados, leva um 2.5 em 5 pontos possíveis. Mas não vão por mim. Vejam o filme, se não viram, e digam-se o que acharam. Não é uma obra prima, mas há muito pior por aí espalhado.

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