Não é muito normal, nos dias que correm, comprar cds originais. São caros e não cabem no leitor de mp3. Mais vale "sacá-los" logo do e-Mule ou pedir a alguém que o faça por nós, não é? Também acho que sim. Inexplicavelmente neste país é tudo muito caro e se andarmos todos numa de gastar dinheiro em álbuns originais então bem podemos começar a fazer umas horas extra no Parque Eduardo VII porque não é só com o salário que vamos lá. Gostava que alguém me explicasse porque é que o livro da Carolina Salgado, por exemplo, é considerado produto cultural e goza de um I.V.A. de 5 ou 6 % e um álbum dos Madredeus é considerado produto de luxo e tem um I.V.A. de 21%. Esta é mesmo à Portugal, não é?
A verdade é que poucas compras me dão mais prazer do que a música. Para mim, comprar cds é tanto um acto de reverência para com músicos e produtores como um acto de prazer lambuzado, como uma mulher à caça na época de saldos. As cestas dos "Friendly Prices" revolvo-as furiosamente à procura de presas que me sirvam. As prateleiras das novidades observo-as com falso desinteresse, como um leão escolhe o alvo no meio de uma manada de búfalos. Pá, há quem não se possa aproximar das Bershkas, das H&Ms ou das Zaras, eu não me posso aproximar das Fnacs, Wortens e companhia. São problemas que as pessoas têem!
Isto tudo para dizer que hoje fui à caça e vim de lá bem carregado e o meu banco uns 70 euros mais pobre.
E ainda neste post...
O OBRIGADO À EVERYTHING IS NEW PELA SUA DANCE STATION!
A nova produtora de espectáculos musicais fez ontem outra das suas. Depois de terem sido os únicos com coragem para trazer a Dave Matthews Band a Portugal, eis que metem uma data de DJs divididos entre o Coliseu e a Estação do Rossio, sim aquela dos comboios, e não é que a malta adere em massa?! Só estive na Estação, portanto não sei o que se passou no Coliseu, mas ali foi a loucura! O local foi mais que bem escolhido e os protagonistas também. Um excelente aquecimento a cargo de Jori Hulkkonen, Erol Alkan, Justin Robertson e Tiga para chegarem os senhores da noite e deitarem o resto da casa abaixo: The Chemical Brothers. Quem conhece sabe do que os rapazes são capazes, e acho que na noite de ontem se havia lá quem não gostasse deles decerto que mudou de ideias. Muito som, muita luz, muitos lasers, muito tudo. E, se na maior parte das vezes, quantidade não significa qualidade, ontem os Brothers e Álvaro Covões mostraram-nos que quantidade também pode ser um perfeito sinónimo de qualidade. Muito obrigado à Everything Is New e todos os intervenientes na Dance Station.
0 comentários:
Enviar um comentário