quinta-feira, abril 17, 2008

5-3

Há qualquer de especial quando Sporting e Benfica se defrontam para a Taça de Portugal. Sente-se à partida um clima de final antecipada, de clássico intemporal com um longo historial de derrotas e vitórias que se perde na bruma dos tempos. Um clássico é sempre um clássico. Mas não há equipas que consigam fazer aquilo que Sporting e Benfica conseguem. Por pior que seja o momento de forma de cada uma das equipas o jogo será sempre, sem sombra de dúvida, emocionante. Daqueles de que se fala durante anos. Daqueles autenticamente lendários. Como se os fantasmas das antigas glórias de ambas as equipas tomassem de assalto os espíritos das actuais estrelas e os inflamassem, como se tornassem unos, como se não fosse só Liedson e Djaló mas sim Liedson e Yazalde, Djaló e Jordão, ou Di Maria e Eusébio, Rui Costa e Coluna. Há mesmo qualquer coisa especial quando até Nuno Gomes consegue marcar um golo de bonito efeito, ainda que simples, como nos velhos tempos pré-Fiorentina.
O facto de haver vencedor e vencido depois de um jogo assim é apenas um pormenor, uma simples nuance burocrática: alguém tem de perder. Mas soube tão bem gritar aqueles cinco golos! Alguém tem de ganhar. Ontem calhou ao Sporting. Só porque o Benfica não "nos" conseguiu levar para os penáltis. Aí a história era outra.

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