quinta-feira, maio 01, 2008

Vénia sentida a... James Natchwey

Um nome incontornável do foto-jornalismo mundial e como tal farta-se de passear: esteve no Afeganistão, no Kosovo, no Sudão, na Bósnia, no Ruanda, no Paquistão, na Indonésia, na Tchétchenia (que raio de nome), no Iraque e estava em Nova Iorque quando se deu o ataque ao World Trade Center. Um sobrevivente de câmara em punho, portanto. Aliás, reza a lenda que, aquando da invasão americana do Iraque, aqui o nosso amigo Natchwey e um outro chamado Weisskopf, ambos ao serviço da Time Magazine, iam numa bela passeata pelo território babilónico abordo de um lindíssimo Humvee camuflado do exército invasor, quando um indigena atirou uma granada para dentro do dito jipe. Ora, não querendo estragar os estofos do luxuoso jipe - e imaginando que o dono do machibombo se zangaria a sério - Michael Weisskopf ainda conseguiu atirar a granada para fora do Hummer, não evitando que esta, no entanto, explodisse e os ferisse a todos com gravidade. Conta-se - esta sim, é a parte gira - que Natchwey, ensanguentado até aos tornozelos, ainda tirou meia dúzia de fotografias aos paramédicos assistindo os seus companheiros antes de desmaiar. Passados uns meses já estava a bordo de um avião a caminho da Indonésia onde tinha acontecido um certo e terrível tsunami. Homens assim são raríssmos. E homens assim a tirarem fotografias assim tão boas não são raros: são únicos.


Afeganistão, 1996 - Chorando um irmão morto por um rocket taliban


Sudão, 1993 - Vítima de fome num centro de alimentação


Nova Iorque, 2001 - Procurando sobreviventes


Nicarágua, 1994 - Relíquia da Guerra Civil torna-se um monumento num parque

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