sexta-feira, agosto 01, 2008

Their problems start when they don't die young?



Isto foi em Outubro de 2006. Jerry Lee Lewis com 71 primaveras no papo, com acordes mais espaçados, com movimentos tolhidos; mas ainda com a mesma voz e o mesmo olhar de 1957. Imagem de decadência? Sim, claro. Até se pode pensar que o homem já devia ter morrido para não andar a fazer aquelas figurinhas. Que é triste ver um gajo outrora tão frenético agora mal conseguir mexer os braços. Enfim, está velho. É um velho como outro qualquer, sim. Se não se chamasse Jerry Lee Lewis provavelmente estaria a jogar à sueca ou ao dominó num simpático jardim cheio de plátanos e salgueiros-chorões.

Perdendo a juventude perde-se a aura sobre-humana que as estrelas de rock têm desde que passam a essa mesma condição. Jerry Lee Lewis já não é uma estrela de rock, não senhor. É uma supernova. Jerry Lee Lewis é o "Last Man Standing". É o último sobrevivente do quarteto dourado. É o último sócio/fundador/embaixador vivo do rock & roll. E por isso, e também por ter incendiado um piano em palco enquanto tocava exuberantemente a Great Balls of Fire, deveria ser-lhe concedida uma licença especial de estadia entre os vivos ad aeternum. E de preferência com a genica de 1956/57.

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