Ouvir o Correia de Campos a matraquear, tentando justificar as desgraças que se têm visto, e explorado como um filão de ouro, no Serviço Nacional de Saúde deixa-me com azia. Pouco importa que o jantar seja um bruto cozido à portuguesa ou uma sigela salada, a azia obrigatoriamente está lá. E está lá porquê? Bem, primeiro porque não percebi nada do que o homem disse. Bem vi a boca dele mexer, porém não apanhei patavina daquela algaraviada. E depois porque mesmo que percebesse as palavras que saíam daquela boquinha santa duvido que entendesse o que o Sr. Ministro queria explicar. Creio que a mim juntar-se-á, inevitavelmente, a grande maioria dos portugueses, essa cambada de iletrados que elegem gente desta, e de outra ainda pior, para dirigir esta frágil barcaça.
Ora, juntamente com a azia vem este azedume crítico. Graças ao senhor Correia de Campos parece-me plausível, e um excelente plano para uma noite de sábado, ver, gravar e rever um programa do género Prós e Contras ou a Quadratura do Círculo, ou daqueles debates fúteis sobre futebol e arbitragem (ou será sobre arbitragem e futebol?), e passar horas e horas a ver boquinhas a mexer. Porque no final de contas esses programas servem para no fim não sabermos em que estado ficou o debate, nem nenhuma opinião concreta, mas sim que Fulano encostou Beltrano às cordas e que, Cicrano, inteligentemente, foi buscar o passado obscuro do Coisinho e que o moderador falava mais que os eruditos convidados... Enfim... Lavar roupa suja e fazer figura de urso, é o que acaba por acontecer a muito boa, ou não tão boa, gente.
E, com a azia e o azedume, vem também esta aparente incapacidade de parar de falar... É contagiante. E depois o leitor começa a falar ao mesmo tempo. Depois eu falo ainda mais alto. O leitor imita e também sobe o volume. E no fim o que sobra para além da cacofonia?
Exacto.
Nada.
E para acabar com esta conversa desfiada, algo que não tem nada a aver: duas versões de uma das mais estapafúrdias deixas cinematográficas (exclusiva para mexicanos): "Badges? We don't need stinking badges!"
in Treasure of the Sierra Madre
in Blazing Sadles
Ora, juntamente com a azia vem este azedume crítico. Graças ao senhor Correia de Campos parece-me plausível, e um excelente plano para uma noite de sábado, ver, gravar e rever um programa do género Prós e Contras ou a Quadratura do Círculo, ou daqueles debates fúteis sobre futebol e arbitragem (ou será sobre arbitragem e futebol?), e passar horas e horas a ver boquinhas a mexer. Porque no final de contas esses programas servem para no fim não sabermos em que estado ficou o debate, nem nenhuma opinião concreta, mas sim que Fulano encostou Beltrano às cordas e que, Cicrano, inteligentemente, foi buscar o passado obscuro do Coisinho e que o moderador falava mais que os eruditos convidados... Enfim... Lavar roupa suja e fazer figura de urso, é o que acaba por acontecer a muito boa, ou não tão boa, gente.
E, com a azia e o azedume, vem também esta aparente incapacidade de parar de falar... É contagiante. E depois o leitor começa a falar ao mesmo tempo. Depois eu falo ainda mais alto. O leitor imita e também sobe o volume. E no fim o que sobra para além da cacofonia?
Exacto.
Nada.
E para acabar com esta conversa desfiada, algo que não tem nada a aver: duas versões de uma das mais estapafúrdias deixas cinematográficas (exclusiva para mexicanos): "Badges? We don't need stinking badges!"
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