"Na parte de trás do real
largo da estação de San José
Vagueava acabrunhado
perto de uma fábrica de tanques
e sentei-me num banco
ao pé da guarita do agulheiro.
Uma flor jazia no feno que jazia
no asfalto da auto-estrada
- a temida flor do feno,
pensei eu. Tinha um caule
negro quebradiço e uma
corola de picos sujos
amarelados - picos longos como
os da coroa de Jesus -, e no centro
um sujo tufo de algodão
como um pincel de barba usado
guardado no meio de coisas velhas
na garagem há mais de um ano
Flor, flor amarela, e
flor da indústria também,
flor forte agreste e feia,
mas flor de qualquer modo,
com a forma da grande rosa
amarela do teu cérebro
Esta é que é a flor do Mundo."
Allen Ginsberg
-Uivo e Outros Poemas-
The Miles Davis Quintet - Walkin' (1967)
largo da estação de San José
Vagueava acabrunhado
perto de uma fábrica de tanques
e sentei-me num banco
ao pé da guarita do agulheiro.
Uma flor jazia no feno que jazia
no asfalto da auto-estrada
- a temida flor do feno,
pensei eu. Tinha um caule
negro quebradiço e uma
corola de picos sujos
amarelados - picos longos como
os da coroa de Jesus -, e no centro
um sujo tufo de algodão
como um pincel de barba usado
guardado no meio de coisas velhas
na garagem há mais de um ano
Flor, flor amarela, e
flor da indústria também,
flor forte agreste e feia,
mas flor de qualquer modo,
com a forma da grande rosa
amarela do teu cérebro
Esta é que é a flor do Mundo."
Allen Ginsberg
-Uivo e Outros Poemas-
The Miles Davis Quintet - Walkin' (1967)
2 comentários:
Ó Domingo dos domingos!
Ó visão largada ao vento feita chuva
Feita dilúvio!
Ó dia profético que começas a semana!
Ó heráldico Billy, febre em movimento!
Que estrondoso efeito têm a poesia de Ginsberg e o bop de Davis a exumarem antigos espíritos blogosféricos!
Ó grande Meano, um grande bem-hajas!
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