terça-feira, maio 27, 2008

Bloguices

Há poucas coisas que me irritem mais na blogosfera do que fecharem blogs. Não sinto pena por nunca mais ler aquele tipo de coisas que me fazia visitar esse blog. Não. Nada de penas. Fico somente irritado. Como quando começamos a seguir obsessivamente a primeira temporada de uma série televisiva para depois descobrirmos, da pior maneira, que o canal de televisão em questão não comprou a segunda série. Ficamos presos. Presos numa espécie de nova realidade, numa espécie de novo mundo em que deixa de existir algo que nos deliciava, nos inspirava, nos relaxava, nos tonificava intelectualmente.

Não percebo como é que blogs como o do Bandeira fecham. Percebo sim que blogs como este mesmo que agora lêem o façam, agora aqueles não. Blogs de individualidades assim, cultas, férteis, criativas e inspiradoras, não deviam, sob pretexto algum, fechar. Alguém que dê um subsidio ao homem, se for preciso. Façam-se petições, desça-se a Avenida da Liberdade de cartazes em punho, faça-se qualquer coisa que obrigue este tipo de bloggers a manter viva a chama que os trouxe até aqui. Façam qualquer coisa, porque eu não faço. Vou ali para o canto, de braços cruzados e sobrancelha franzida, bater o pé um bocadinho.

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Adenda: Menos de 24 horas depois deste post ser publicado eis que mais um teatro baixa a cortina. Temporariamente, diz-se. Seja como for é uma maçada. Mais uma verdadeira maçada a juntar ao extinto Diário, de Tiago Galvão e à Memória Inventada, de Vasco Barreto. Sem links que estou amuado. Negros tempos vive a blogosfera.

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Adenda II: Julgo que o Teatro Anatómico sofre de narcolepsia.

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