Ora, os professores andam em greves e manifestações para não serem avaliados; os alunos andam em greves e manifs porque querem poder faltar à vontade.
Na verdade ainda não cheguei a perceber qual é a verdadeira implicação do novo modelo de avaliação dos docentes mas, por mais voltas que dê à cabeça, não entendo porque raio há-de uma avaliação com pés e cabeça não ser uma medida lógica e bem-vinda. Cento e vinte mil professores manifestaram o seu desagrado na rua há bem pouco tempo. Só posso depreender que esses 120.000 mestres de sabedoria são aqueles que mais medo têm do novo modelo de avaliação e, como quem não deve não teme, acredito que os verdadeiros professores, os que sabem, gostam e querem ensinar, ficaram em casa a preparar as aulas da semana seguinte para que nada falte aos seus alunos. Mas isto digo eu que pouco ou nada sei sobre o ensino português. E começo a achar que ninguém sabe.
Quanto aos alunos, esses gritam aos sete ventos que o governo anda a querer lixar a malta que adoece e depois têm que fazer provas de recuperação e é chato porque os obriga a estudar e mais não sei o quê. Duvido, sinceramente duvido, que haja algum aluno dos que anda de megafone na mão que esteja a pensar nesses alunos doentes enquanto põe um cadeado no portão da escola. Duvido, sinceramente duvido, que um aluno que adoeça e que apresente uma justificação válida e legítima chumbe de ano por faltas. Acredito, mesmo sinceramente, que o que todos os alunos querem é poder faltar a uma aula ou outra para ir fumar cigarrinhos às escondidas para trás do ginásio ou beber umas "jolas" para o café da esquina. Meus amigos, as aulas e o ensino são coisas para se levar a sério e esse é um conceito (juntamente com o de responsabilidade) que nem a maior parte dos encarregados de educação desconfia que existe, como poderiam então as criancinhas do nosso belo Portugal percebê-lo?! Como dizia hoje um desses pequenos candidatos a Che Guevara "nós somos jovens e por isso precisamos sempre de faltar às aulas". Ai se fosses meu filho...
Há problemas na educação em Portugal, oh se há. O novo modelo de avaliação dos professores e o regime de tolerância zero para as faltas dos alunos talvez não resolva todos os males, mas vendo a coisa assim de fora, e partindo do princípio que não há daquelas letras minúsculas escondidas nesses regulamentos, teremos professores mais preocupados com a sua própria competência (acredito que alguns nunca consigam ser verdadeiramente competentes) e alunos mais assíduos e mais preocupados com as alternativas à saída precoce do sistema de ensino.
Deixem-se de lamúrias e comecem a trabalhar a sério que se faz tarde, pá!
Na verdade ainda não cheguei a perceber qual é a verdadeira implicação do novo modelo de avaliação dos docentes mas, por mais voltas que dê à cabeça, não entendo porque raio há-de uma avaliação com pés e cabeça não ser uma medida lógica e bem-vinda. Cento e vinte mil professores manifestaram o seu desagrado na rua há bem pouco tempo. Só posso depreender que esses 120.000 mestres de sabedoria são aqueles que mais medo têm do novo modelo de avaliação e, como quem não deve não teme, acredito que os verdadeiros professores, os que sabem, gostam e querem ensinar, ficaram em casa a preparar as aulas da semana seguinte para que nada falte aos seus alunos. Mas isto digo eu que pouco ou nada sei sobre o ensino português. E começo a achar que ninguém sabe.
Quanto aos alunos, esses gritam aos sete ventos que o governo anda a querer lixar a malta que adoece e depois têm que fazer provas de recuperação e é chato porque os obriga a estudar e mais não sei o quê. Duvido, sinceramente duvido, que haja algum aluno dos que anda de megafone na mão que esteja a pensar nesses alunos doentes enquanto põe um cadeado no portão da escola. Duvido, sinceramente duvido, que um aluno que adoeça e que apresente uma justificação válida e legítima chumbe de ano por faltas. Acredito, mesmo sinceramente, que o que todos os alunos querem é poder faltar a uma aula ou outra para ir fumar cigarrinhos às escondidas para trás do ginásio ou beber umas "jolas" para o café da esquina. Meus amigos, as aulas e o ensino são coisas para se levar a sério e esse é um conceito (juntamente com o de responsabilidade) que nem a maior parte dos encarregados de educação desconfia que existe, como poderiam então as criancinhas do nosso belo Portugal percebê-lo?! Como dizia hoje um desses pequenos candidatos a Che Guevara "nós somos jovens e por isso precisamos sempre de faltar às aulas". Ai se fosses meu filho...
Há problemas na educação em Portugal, oh se há. O novo modelo de avaliação dos professores e o regime de tolerância zero para as faltas dos alunos talvez não resolva todos os males, mas vendo a coisa assim de fora, e partindo do princípio que não há daquelas letras minúsculas escondidas nesses regulamentos, teremos professores mais preocupados com a sua própria competência (acredito que alguns nunca consigam ser verdadeiramente competentes) e alunos mais assíduos e mais preocupados com as alternativas à saída precoce do sistema de ensino.
Deixem-se de lamúrias e comecem a trabalhar a sério que se faz tarde, pá!
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