sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Another One-Hit Band: New Radicals



You Get What You Give - New Radicals (1998)

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Piada fácil mas irresístivel

Hoje, a Polícia Judiciária incinerou 11 toneladas de droga na Valorsul em Loures. O director-adjunto da PJ confessou que "já não se queimava tanta droga em Portugal desde que os Rolling Stones se juntaram aos Xutos em Coimbra".

And the Oscar goes to... Whatever...

Este blog é talvez o único que, ao falar de quando em vez sobre cinema, se escusou a fazer qualquer comentário à entrega dos Óscares 2008. Primeiro porque não vi grande parte dos filmes nomeados para o concurso, com as excepções de "A Bússula Dourada", "Promessas Perigosas", "Gangster Americano", "Elizabeth- A Idade de Ouro" e "Ultimato (Bourne)". Depois porque não tenho grande consideração pelo juri da Academia de Cinema Norte-Americana. O pior é que nem encontro muitas razões para esta falta de credibilidade, simplesmente não gosto deles, pronto. Considero o Óscar um prémio demasiado valorizado, demasiados flashes, demasiado glamour a pavonear-se na passadeira vermelha, em suma, um prémio tipicamente americano, com tudo o que esse facto comporta. E depois parece que a Academia (a grandiosa e opulenta Academia) tem fetiches com certos e determinados artistas e ódios de estimação por outros, como por exemplo Tim Burton que só foi nomeado para o Óscar de Melhor Filme de Animação com "A Noiva Cadáver". E mais: porque raio, por exemplo, deram o Óscar de Melhor Realizador (pois, tem que ser em maiúsculas quando se fala de Óscares) a Scorcese pelo "The Departed" quando tem obras muito melhores como "Taxi Driver" ou "Gangs de Nova Iorque"?! Por falar em "Gangs de Nova Iorque", nesse ano (2003) a Academia preferiu premiar "Chicago" com o Óscar de Melhor Filme e deixou Scorcese e os seus "Gangs" a secar no estendal. Pergunto-me se nesse ano o Filipe La Féria faria parte do juri. Não, não tenho nada contra musicais, mas considero "Moulin Rouge" muito superior a "Chicago".

Na verdade não tenho nada muito concreto contra a Academia e os seus Óscares, mas não gosto deles, não gosto, pronto. Imagino um juri composto por elementos da mais alta burguesia, tudo acima dos 60 anos, gordos, carecas, barbudos, fumando charutos bafientos e bebendo grandes copanázios de brandy à lareira envergando roupões com as suas iniciais bordadas, enquanto coscuvilham sobre este ou aquele actor, ou actriz, ou realizador, e decidem, qual Conselho de Pais Natal, quem se portou bem este ano.

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Elevando o Nível Intelectual com William Blake

Uma pintura:

"The Great Red Dragon and the Woman clothed in the Sun" - W. Blake


E uma frase:

"Se as portas da percepção fossem limpas, tudo apareceria ao Homem como realmente é: infinito." - W. Blake

Jimmy Kimmel's Circus

Lembram-se daquela história em que um apresentador de um talk-show americano tentou inúmeras vezes convidar Matt Damon para uma entrevista e quando finalmente conseguiu disse-lhe simplesmente "Sorry, Matt we're running out of time"? Bem, na verdade a história não acabou aí. Houve traições, ciúmes, triângulos e até quadrados amorosos, ao melhor jeito de uma novela mexicana, mas com muito mais estilo. Vejam aqui os 3 episódios desta odisseia protagonizada por Jimmy Kimmel e Sarah Silverman (namorada de Kimmel), com as participações especiais de Matt Damon, Ben Affleck e uma catrefada de outras estrelas como Cameron Diaz ou Robin Williams. (só para anglófonos... sorry)

Episódio 1 - O princípio de uma bela amizade



Episódio 2 - A traição



Episódio 3 - A vingança


terça-feira, fevereiro 26, 2008

Uma música por dia...



Radiohead - Anyone Can Play Guitar (Pablo Honey 1993)

Momento Cartoon: Cuba - passagem de testemunho

Fidel Castro renuncia, por RAIM

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

One-hit band (another one): Fastball


Fastball - The Way (1998)

Das Insurgências & Rebeliões

Prefácio: Raramente, muito raramente, visito blogs políticos apesar de ter bastantes na barra de links. E só o faço por mera curiosidade, para ver o que se discute, no fundo, para ver se há mais fascizóides que esquerdalhos e tentar perceber quem está a ganhar essa guerra. Normalmente é a direita que vai à frente apesar de a esquerda manter certos bastiões incólumes e altivos, como um mar de direita pontilhado por portentosas ilhas de esquerda. É assim que vejo a blogosfera política portuguesa, até posso estar errado; como já disse não sou seguidor atento. Tenho para mim que a política é expressão máxima dos defeitos humanos. Até agora ainda ninguém me conseguiu convencer do contrário nem tampouco ensombrar este meu aforismo com dúvidas.

Confesso que tendo bastante para o lado esquerdo da carroça. Há um certo romantismo em ser-se esquerdalho, com aquela conversa toda de união e luta pró-proletária, um não-sei-quê de heróico, onde se luta por causas que valem a pena, onde se dá voz ao povo e tal. No entanto não percebo porque fizeram o que fizeram ao Insurgente. Nem percebi bem o que se passou. Resumo: o Insurgente sempre se afirmou um blog de direita e tinha o mesmo significado que o Blog de Esquerda para a esquerda. De um dia para o outro, aparentemente, hackers, vindos sabe-se lá de que submundo bolchevique, tomaram o Insurgente de assalto e anunciaram a façanha com esta mensagem:

"O INSURGENTE CAPITULOU; COMEMOREMOS, CAMARADAS!

Num momento em que as atenções do mundo se voltam para a terra dos nossos bravos irmãos cubanos, e do nosso grande comandante que se retira da presidência para entrar na história, a blogosfera portuguesa entra num novo e revolucionário momento.

O inimigo foi derrubado. A maior expressão do que há de mais abjecto no pensamento político e económico em Portugal, manifestado pela internet, não resistiu. O Insurgente capitulou ante a investida da única ideologia que coloca o Ser Humano acima dos interesses mesquinhos do capitalismo imperialista do neoliberalismo mundial: o socialismo.

O Insurgente capitulou; comemoremos, camaradas!

Não mais assistiremos aqui à defesa mesquinha do livre mercado, que causa desemprego em massa e lucros para os empresários burgueses; da banca nacional e internacional, que viola os cidadãos de bem; do estado mínimo, que beneficia os ricos e deixam os pobres ainda mais miseráveis à mercê de sua própria sorte. Sabemos que o neoliberalismo capitalista é uma pistola fumegante que, nas mãos de um bando guerreiro de foras-da-lei, não hesita em esmagar as soberanias nacionais e a autodeterminação dos povos. Um revólver, apontado às nossas cabeças, paira sobre cada um de nós. E se quem mata é assassino, não esquecerão os juizes que foram os insurgentes a disparar o primeiro tiro.

O Insurgente capitulou; comemoremos, camaradas!

Os insurgentes, lacaios do grande capital, fascistas em suas pretensões, autoritários em seus desejos, representam a face mais hedionda da direita eloquente que pretende dominar o debate na blogosfera. Eles representam a derrocada da civilização e são o sintoma mais claro e grave da crise da Humanidade. A estratégia deles é a mais letal e perigosa para as sociedades. Querem impor o domínio económico, político e cultural de nações imperialistas, nomeadamente dos Estados Unidos. Suspeitamos,inclusivamente, que os Insurgentes sejam sorrateiramente financiandos pelos americanos imperialistas.

O Insurgente capitulou; comemoremos, camaradas!

Eles eram parte integrante e instrumento da chamada globalização neoliberal. Uma das engrenagens do sistema de poder imperial, completamente rendidos à lógica do mercado. Agora, foram vencidos!

O Insurgente capitulou; comemoremos, camaradas!

Acreditamos que o Ser Humano é dotado de razão, consciência e responsabilidade. Com uma estupidificante arrogância religiosa e uma retórica alarve, os insurgentes conseguiam ser desprovidos de todas essas qualidades. Por isso, capitularam; por isso foram vencidos; por isso, foram exterminados! É o culminar do irreversível progresso da liberdade e da civilizazão e a vitória do socialismo!

O Insurgente capitulou; comemoremos, camaradas!"

E pronto! Comemorem aí! Agora é um blog de esquerda, assumidamente comunista. Pergunto-me o que esperariam estes "blogomeliantes" ganhar com esta parvoíce. Marcaram uma posição? Sem dúvida que sim. Mas uma posição muito rasca. Marcaram uma posição tipo "porcos imperialistas" que, aliás, são declaradamente o seu mais tenebroso inimigo. Marcaram uma posição de reaccionários capitalistas, que, devo lembrar, são o alvo de todas as suas farpas. Não faz sentido lutar contra alguma coisa tornando-nos algo pior que essa coisa.
O cão da pradaria come cascavéis ao pequeno almoço e não tem veneno nas presas, pois não?
Agora o que irão aquelas alminhas fazer? Pedir um resgate pelo código-fonte do blog? Irão implodi-lo? Ou vão aproveitar o tempo de antena para continuar a exaltar o espirito de luta e camaradagem, para apontar o dedo ao capitalismo americano e para compor heróicas odes à ditadura Castrista?!

Ná, camaradas, assim não vamos lá. Assim estão a dar razão a quem vos chama de terroristas. Assim estão a dar razão precisamente àqueles que querem "abater". Assim, camaradas, assim dão-lhe a vitória numa bandeja de prata acompanhada do melhor vodka russo e do melhor charuto cubano e eles agradecem, claro.
Mas isto digo eu, que não percebo nada de nada.

P.S.: Se alguém tomar aqui o tasco de assalto só quero pedir uma coisa: mantenham a lista de links da banda desenhada, pode ser? É que deu muito trabalho a arranjar tudo e não tenho backups dos links. Obrigado.

sábado, fevereiro 23, 2008

Momento "Mais valia 'tarem quietos, pá!"

Imagino que ser publicitário hoje em dia, em que parece estar tudo inventado, seja bastante complicado. Quando se trata de fazer chegar uma determinada mensagem a um determinado público há que ter inúmeros factores em conta, mas o mais importante, aquele que define a qualidade de um anúncio, é a criatividade. Sim, eu sei que isso é o que mais falta, não só no mundo do marketing mas também no mundo em geral. Mas o que deixa realmente irritado, para além da falta de criatividade é a criatividade bacoca de gosto mais que duvidoso. Tipo "pá, tenho uma ideia do caraças para um anúncio que vai por toda a gente de boca aberta", e no final as bocas realmente estão abertas mas o que vai na cabeça do espectador é qualquer coisa do género "dass... e há gente a ganhar dinheiro a fazer isto?!". O mais preocupante ainda assim não é o facto do géniozinho ter aquela brilhante ideia de merda, mas alguém comprar aquela ideia! Lembram-se daquela publicidade da Tagus a promover o heterossexualidade, ou não, ou era a promover não sei o quê dos amigos e o diabo-a-sete? Pois, levantou-se o sururu, andou tudo muito indignado durante uns dias, depois desapareceram os cartazes, nunca mais se ouviu falar da dita e continuo sem ter provado o raio da cerveja. Pois, também me parece que mais valia estarem quietos.

E esta conversa toda não mais é do que palha para atapetar esta (mais uma) ideia brilhante de merda (literalmente) que surgiu das cabecinhas oleosas dos eco-fanáticos da Quercus, ideia essa que passo a reproduzir aqui por baixo. Cortesia do YouTube, claro.



Tenho ou não tenho razão? Bem, se fosse o meu vizinho de 8 anos a compor este video e depois o recebesse por mail juntamente com o SPAM da "Next Door Nikki" e do "Grotesco", até teria alguma piada, mas não foi. Quem fez este video foi uma entidade que pretende ser ouvida e, como qualquer gajo que quer ser ouvido, tem que ser credível manter um certo grau de decência. A isto chamo "tiro no pé".
E já que estamos numa de publicidade, aproveito para deixar aqui um dos melhores e mais originais anúncios que já vi a uma marca de cerveja com nome de recorde mundial (este video, claro, não faz parte do Momento "Mais valia 'tarem quietos!", pertencendo antes ao Momento "Clap clap clap!").


quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Há 49 anos: Johnny Cash, para fans e curiosos


I Walk The Line (1959)


P.S.: Passaram 49 anos sobre esta gravação que, imagino, tenha saltado de uma bobine de celulóide para zeros e uns de uma internet universal e livre. Ainda assim a voz de Cash continua a soar forte, profunda e suave, como uma trovoada distante, cujos trovões são mais sentidos que ouvidos.

* * *

Para aquelas sarnas que interrompem importantíssimas reflexões durante o meu prolongado café da tarde para dizer coisas como "Porra, pá, 'tas desempregado, não fazes nada, e mesmo assim não actualizas o Party Log", agora digo eu: JÁ ESTÁ! Irra...

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Mais quatro fitas vistas em 2008 D.C.

Walk the Line

Johnny Cash certamente não é a primeira pessoa, muito menos o primeiro músico, cuja vida dava um filme. E até nem foi uma vida muito atribulada quando comparada com outros vultos seus contemporâneos como Elvis ou Jerry Lee. Ex-militar casa com rapariga de boas famílias (Vivian Cash) e começa a sonhar com música. Insiste, insiste e insiste, contra a vontade da mulher que prefere a protecção do papá à provável loucura de um músico. Conhece June Carter, Jerry Lee Lewis e Elvis Presley. Mete-se na droga (que surpresa). Torna-se um êxito nacional. Afunda-se em alucinações metanfetamínicas e em longínquas memórias do seu falecido irmão mais velho. Bate no fundo. June salva-o, casam-se e vivem felizes o resto das suas vidas. Mais coisa, menos coisa é isto. Boa interpretação de Joaquín Phoenix e uma esplendorosa Reese Witherspoon na pele de de June Carter. O enredo, por estar demasiado focado em Cash, não deixa entender o verdadeiro volume do seu sucesso, dando-o a entender assim, tipo, "de raspão" como na cena em que Cash rasga um cheque de um milhão de dólares à frente do caixa do banco. Não está mau, mas também não está nada de fantástico. É um filme essencialmente para fans e curiosos.
3 em 5.

Sunshine


A Terra mergulhou num Inverno solar uma vez que, contra todas as expectativas, o Sol se está a apagar. Junta-se todo o material radioactivo do planeta, constrói-se uma ogiva nuclear do tamanho de Manhatan, envia-se uma equipa de astronautas para largar a laracha e reza-se para que aquela mistela atómica reanime a estrela moribunda.
À primeira vista é mais um filme catástrofe com laivos de ficção científica. Mas não é. É bem mais do que isso. É na sua essência um ensaio sobre a loucura humana e a ténue fronteira que a separa da sanidade. É um ensaio sobre os demónios de cada um e sobre a maneira de lidar com esses demónios. Sobre a atitude humana perante a ameaça de extinção e sobre sacrifícios. É, portanto, um ensaio sobre o Homem cujo pano de fundo é uma viagem até o centro do sistema solar. Não vale a pena esmiuçar efeitos especiais no século XXI: estão irrepreensíveis. A nave que transporta a salvação da Humanidade é bem mais parecida com a Estação Espacial Internacional do que com um Cruzador do Império de Darth Vader, o que lhe dá aquele toque de credibilidade necessário para manter a palavra "Plausível" na cabeça do espectador durante todo o filme.
Nada a assinalar quanto às interpretações.
4.5 em 5.

Os Seis Sinais da Luz


Pessoalmente sou um fan do fantástico. Vi e revi as Histórias Intermináveis e o Feiticeiro de Oz, passei-me da cabeça com o Senhor do Anéis, adorei as Crónicas de Narnia, suei na última batalha de Eragon e simpatizei com Potter. No entanto há coisas intragáveis. Os Seis Sinais da Luz é um deles. Até há ali umas ideias agradáveis, ou melhor, bons princípios de ideias agradáveis. Bons princípios de ideias agradáveis porque parece que essas ideias nunca chegam a assumir um papel preponderante no enredo, que, diga-se, é execrável. Mais um miúdo que é o Escolhido para salvar o Mundo. Enchem-no de poderes sobre-humanos que nunca chegam a ser utilizados, como por exemplo controlar o fogo. O protagonista fica a saber que pode criar e controlar o fogo como quem descobre que lhe nasceu o primeiro púbico, e até a reacção é parecida. Passados uns dias, durante um ataque de fúria, desata a explodir casas e carros o que nos faz pensar que a luta final contra o mauzão do cavalo preto (a única personagem de jeito no filme) vai ser um fabuloso espectáculo de fogo de artíficio. Errado. Nem sequer uma fagulha é solta nessa "épica" luta de dois minutos. Não sei que mais diga... Foi uma total desilusão (tinhas razão, N).
0.5 em 5. Só por causa dos tais bons princípios de ideias agradáveis.


Gato Preto Gato Branco

Revi este filme há uns dias pelo que isto não é uma crítica, mas uma homenagem. Tal como o filme em si é uma homenagem ao absurdo, ao improvável e à loucura inspirada, assim faço eu a devida vénia ao Sr. Kusturica e companhia. Um porco devorador de carros, um gigante que se apaixona perdidamente por uma anã, um comboio roubado (sim, roubado, não assaltado), velhos que ressuscitam, dentes de ouro e tiros para o ar fazem deste filme um dos meus favoritos. Se é bom ou se é mau não sei. Adoro-o, e quando se gosta assim tanto de algo não se pergunta porquê, gosta-se e pronto.

Fica aqui a cena em que Dadan Karambolo (o mesmo da famigerada cena do Pitbull-Terrier) extravasa alegria por finalmente ter conseguido casar a irmã, que não estava propriamente para aí virada.


terça-feira, fevereiro 19, 2008

Geeks



Bem, foi aqui o zebrequins que me avisou sobre isto, mas acabei por ver este sketch aqui no fassans com prumvnes.
Já agora, há novidades na fissoblastans e estou quase quase a actualizar o stricofaites. Paciência, meus caros, paciência.

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Dos nomes

Nunca tiveram a impressão que o nome de uma pessoa define essa pessoa? Ou pelo menos algumas coisas relacionadas com essa pessoa? Eu já. Confesso que não estudei a hipótese a fundo, não passa isto de uma mera reflexão causada por uma enorme surpresa. Mas já lá vamos. Eu sei, já alguém antes de mim pensou neste tipo de coisas, caso contrário não tinha numa gaveta qualquer um poster a dizer que Luís remonta a origens teutónicas e é um gajo criativo, inteligente e corajoso e mais não sei quê. Isso sei eu, não preciso que um poster com ares de quiromante mo diga. No entanto não falo dos nomes próprios, mas sim dos outros, dos apelidos. Não, não faço a mais pálida ideia da origem de Romudas ou do que raio significa. Parece-me ao mesmo tempo algo imponente e estouvado, mas isso sou eu que não sou ninguém.

Contudo, não a surpresa que tive não foi com o meu próprio apelido. Foi antes com o apelido Júdice. Já imaginaram alguém, de apelido Júdice, que não tenha absolutamente nada a ver com Direito, Advocacia ou Tribunais? Pois, mas há gente assim. Imagino o que o pensaram os pais de Nuno Júdice quando este se licenciou em Filologia Românica (segundo a Wikipedia). E o boquiabertos que ficaram quando desatou a publicar livros de poesia, de ficção, ensaios e peças de teatro! Oh meu Deus! Haverá alguém que tenha degenerado tanto das suas origens etimológicas?! Isto atormenta-me...

Nota do autor: o desemprego e a fraca ocupação de tempos livres leva a que pensamentos deste género, outrora impossíveis de me assolar, agora o façam de uma maneira avassaladora e quase incontrolável. Por exemplo, passei a tarde a divagar sobre os guardanapos de café que ao invés de absorverem líquidos, função inerente ao objecto em si, os espalham melhor que uma colher de pedreiro.

E agora, para algo completamente diferente: Foo Fighters, Learn to Fly. Hilariante.




quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Valentine's, Love and Music (sim, mudei o título)


Everyday, by Dave Matthews Band

Mesmo que não goste da música nem da banda, veja o vídeo. Vai gostar. Aposto um abraço.

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Momento "Porqué no te callas?!"

Ontem disseram-me que o Brian May não fazia falta nenhuma aos Queen.



Meu grande estúpido, se Mercury era a alma dos Queen, e não há dúvidas quanto a isso, May era o plano metafísico onde essa alma podia existir. Percebeste?! Não... provavelmente não.

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Morte de um miliciano, por Robert Capa

Hoje acordei a lembrar-me desta fotografia. Foi tirada por Robert Capa em 1936, enquanto cobria a Guerra Civil Espanhola. Capa acompanhava a milícia republicana, quando subitamente um dos paramilitares foi atingido por uma bala franquista. Durante muito tempo pensou-se que a fotografia havia sido encenada, prática muito comum em fotojornalismo de guerra que reduz de sobremaneira os riscos para as equipas de reportagem. No entanto um historiador espanhol identificou-o como sendo Federico Borrell García, morto no dia 5 de Setembro de 1936 durante um confronto com as tropas nacionalistas de Franco. Federico foi, aliás, a única vítima mortal dessa escaramuça. Por milagre, o soldado que o matou não era o único a apontar-lhe a mira: Capa também estava atento ao miliciano.

Além da Guerra Civil Espanhola, Robert Capa cobriu também o desembarque dos Aliados na Normandia a partir da praia de Omaha, os bombardeios de Londres e a libertação de Paris na Segunda Guerra Mundial, bem como a Guerra Civil Chinesa e a Primeira Guerra da Indochina. Foi precisamente no conflituoso sudeste asiático que pisou uma mina e morreu. Quando o encontraram tinha uma perna feita em pedaços, uma enorme ferida no peito e na mão ainda segurava a sua máquina fotográfica.

Além disto tudo, merece todo o meu respeito e admiração simplesmente porque durante algum tempo as suas mãos trocaram a máquina fotográfica por isto:

Ingrid Bergman.
Não era parvo, não senhor.

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Sexta-Feira de Cinema: Uma Curta e Um Trailer

Egosciente e Youtube têm o enorme prazer de apresentar uma genial curta-metragem de animação do não menos genial Tim Burton, mestre do fantástico, arauto do obscuro, profeta da estupefacção. Encenado em 1982, por Burton e Tim Heinrichs, com a perturbante voz de Vincent Price, que, aliás, é o próprio centro da história, e citações de Edgar Allan Poe (para quem não sabe Poe está para a literatura como Burton para o cinema), aqui fica... Vincent! (sobe o pano e baixam as luzes)



Mas ainda falta o trailer. E de quem é o trailer? Se pensam que é de Tim Burton estão muito enganados. É antes de um senhor que nos tem presenteado com pérolas como Sexto Sentido, Sinais, A Vila e A Senhora da Água. Não conheço nenhum realizador com uma obra tão curta e tão boa. M. Night Shyamalan (acredito que o M. seja de Midas) prepara-se para nos deixar outra vez colados à cadeira com o filme The Happening. Não se sabe muito, apenas que a estreia é dia 13 de Junho, que o actor principal é Mark Wahlberg (terei ouvido suspiros entre o público feminino?) e que já tem trailer. Senão tivesse nem sequer estava aqui com esta conversa. E aqui está ele. Cortesia de FHF e Icons of Fright.




quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Mais uma inscrição no Centro de Emprego: Luciana Abreu

Pelo que se tem ouvido e lido em revistas côr-de-rosa, não que eu as leia, note-se, mas enquanto procuro a National Geographic e o Jornal de Letras no quiosque os títulos saltam retinas adentro, é inevitável, a Luciana Abreu foi despedida e já não há Floribella para ninguém. Tudo porquê? Tudo porque a menina, a coqueluche da pré-adolescência, não contente com o upgrade mamário, foi-se despir para os fotógrafos da FHM. Mas qual é o problema? Se a rapariga comprou umas mamas novas é perfeitamente natural que as queira mostrar, o que nem sequer é o caso. Mostra apenas aos leitores que já é uma mulherzinha e que veste uns números de soutien acima. Nada de mais. Então porquê o desemprego?! Primeiro há que perguntar a quem despediu a moça se o género de revista masculina, onde a FHM se insere, se coaduna com o público alvo da Floribella? Pois, também não me parece. E depois há que perguntar à mesma criatura acéfala se esta história toda não iria aumentar as audiências da Flôr, já que haviam alargado o leque de telespectadores, dos 7 aos 97, com especial atenção para jovens machos cheios de acne.

O busílis da coisa é que a sessão fotográfica de Luciana Abreu quase fez com que Floribella se transformasse no primeiro espectáculo verdadeiramente para pais e filhos (enquanto as mães passam a roupa a ferro) pós-Buéréré-versão-Ana Malhoa, mas com muito melhor gosto, sem uma vaca e um boi que falam e sem o sorriso irritantemente falso da dita cuja apresentadora.
Parabéns à SIC por ter passado ao lado de uma verdadeira mina de audiências. Falhados...

A falta que este cartão me fazia...

Pearl Before Swine... Para ver mais coisas deste tipo clique na imagem s. f. f.

sábado, fevereiro 02, 2008

Atenção! Atention! Atención! Achtung!

Fresquinhas e boas novidades na Galeria: Carnaval (primeiro acto) e recordações de chineses voadores sem coluna vertebral. Venham ver! É só clicar ali do lado direito! Fantásticooooo!

Apologias: Ainda não actualizei o Party Log pela simples razão de que a vida de intelectual é bem mais dificil do que parece. Não pensem que ler 9 livros e ver 7 filmes europeus por semana é fácil porque não é. Para já não falar nos bailados clássicos e peças de teatro underground a que sou obrigado, pela minha vanguardista condição cultural, a assistir. Tenham paciência, meus caros, tenham paciência!